Por uma boa causa! :)

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O grupo com as t-shirts relativas ao projecto :)

sábado, 9 de janeiro de 2010

AMA

Na passada aula de área de projecto, tentamos contactar várias instituiçoes relacionada com o autismo. Para nossa surpresa, obtivemos resposta da AMA (Associação de amigos do Autismo), que se disponibilizou em nos receber lá com muito gosto.
Esta associação tem como obectivos:
Fazer um levantamento rigoroso dos casos de PEA existentes

Melhorar a qualidade de vida e apoiar o cidadão com PEA, desde a infância à idade adulta
Informar, dar apoio e formação às famílias
Interagir com os Centros Hospitalares nos seus cuidados médicos, colaborar e dinamizar na integração escolar e social
Prestar apoios de Psicologia, Terapia da Fala, Terapia Ocupacional, Serviço Social, às crianças e aos jovens com PEA
Criação de um CAO (Centro de Actividades Ocupacionais) e de uma Residência
Promover a intervenção precoce multidisciplinar de crianças com PEA
Promover a formação de Técnicos, Professores, Educadores, Auxiliares de Educação, Assistentes Sociais, ....
Promover a defesa dos direitos e benefícios dos cidadãos com PEA, assim como a realização de actividades sócio-culturais e recreativas de inserção

Ficamos muito contentes com o facto de pudermos ir até Viana do Castelo conversar com esta associação , que se mostrou disponivel para nos receber.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Quais as Manifestações mais Comuns?


Quais as Manifestações mais Comuns?
1.Isolamento
2.Ausência/alterações ao nível da linguagem
3.Evitamento do contacto visual
4.Desinteresse pelas pessoas e/ou jogos (brincar)
5.Medos pouco usuais
6.Uso inadequado de objectos
7.Resistência a aprendizagem
8.Girar obsessivamente objectos
9.Riso ou choro sem motivo aparente
10.Ausência da consciência do perigo
11.Inconsistência nas respostas aos sons
12.Ligação obsessiva a objectos
13.Rejeição do contacto físico
14.Resistência à mudança
15.Comportamentos e actividades repetitivas e estereotipadas


Isolamento
Crianças com autismo manifestam um aparente alheamento relativamente ao meio, não mostrando interesse no contacto com outras pessoas.

Não interage com outras crianças ou adultos, mas quando interagem fazem-no de forma inadequada.

Ausência/alterações ao nível da linguagem

Cerca de 50% das pessoas com autismo não desenvolvem a linguagem (às vezes este é o primeiro sinal de alarme para os pais).

Os que têm linguagem apresentam alterações significativas, nomeadamente dificuldade ou incapacidade de usar a linguagem na comunicação com o outro. Dificuldade ou incapacidade de falar na primeira pessoa (não dizem o “eu”, referem-se a si próprios na segunda ou terceira pessoa). Respondem repetindo a pergunta ou parte dela (ecolalia). Alterações no tom e ritmo do discurso. Dificuldades na compreensão da linguagem, interpretação no sentido literal, dificuldade em “apanhar o segundo sentido”, p.ex., um comentário do tipo “o ar hoje está pesado” é entendido no sentido literal, ou seja a criança entendeu que o ar pesa – Quilogramas.

Evitamento do contacto visual

Normalmente não estabelece contacto visual directo (olhos nos olhos) com as pessoas e/ou actividades do momento (p.ex., quando pintam não olham para o papel), dependendo mais do olhar periférico “pelo canto do olho”. Por vezes olham o outro mas aparentemente sem o ver (como se fosse Transparente).

Desinteresse pelas pessoas e/ou jogos

Crianças com autismo não têm capacidade espontânea para iniciar um jogo com significado que envolva a imaginação – jogo simbólico, faz de conta. Tendem a envolver-se em actividades repetitivas não interagindo com as outras crianças ou adultos, p.ex., preferem atirar uma bola contra a parede do que para outra pessoa. Preferem brincar sozinhas.

Medos pouco usuais

Crianças com autismo respondem aos estímulos sensoriais (visão, olfacto, tacto, paladar e audição) de maneira pouco previsível, p.ex., estímulos visuais com cores brilhantes podem fascinar algumas e provocar ansiedade ou medo irracional noutros. Estas crianças têm dificuldade em regular os estímulos sensoriais.

Uso inadequado de objectos

Crianças com autismo parecem fascinadas por partes de brinquedos, como as rodas de um carro, não mostrando interesse pelo brinquedo em si.

Com frequência desenvolvem uma ligação obsessiva com determinados objectos, podendo a perda destes causar um estado de grandes ansiedade e excitação.

Resistência a aprendizagem

Crianças com autismo têm grandes défices na área da comunicação, isto é dificuldades em compreender tanto as instruções verbais como não verbais, (gestos, mímica, expressões faciais, etc.)

Parecem mostrar pouco interesse e rejeitar as tentativas de aprendizagem, especialmente quando não há uma recompensa imediata.

Girar obsessivamente objectos

Objectos redondos e susceptíveis de poderem rodar produzem uma enorme atracção, p.ex., colocam um carro de perna para o ar e fazem rodar incessantemente as rodas.

Riso ou choro sem motivo aparente

Crianças com autismo podem rir, chorar ou gritar em situações inapropriadas e sem motivo aparente, p.ex., riem-se quando alguém grita ou ficam com medo quando alguém ri.

Em algumas crianças estas atitudes desajustadas prolongam-se criando situações de grande ansiedade, tanto para elas como para os pais.

Ausência da consciência do perigo

Ausência de receio de perigos reais e medo irracional de situações comuns. Isto poderá ser consequência da falta de compreensão das situações ou seja, não estabelecem a correlação entre causa e efeito.

Inconsistência nas respostas aos sons

Crianças com autismo podem ignorar sons altos e reagir a um murmúrio ou ao roçar das folhas de papel.

Em muitas circunstâncias poderá parecer que têm problemas de audição (surge então a hipótese da surdez).

Ligação obsessiva a objectos

Muitas crianças com autismo estabelecem ligações bizarras a certos objectos ou a partes de objectos, como pedras, peças de brinquedos, etc. Poderão ficar fascinados por objectos que produzam som (copos, campainhas, …). Os objectos são muitas vezes seleccionados por uma característica particular (cor, textura e forma) e são transportados para toda a parte. Ficam tensas ou mesmo em pânico se alguém pretende tirar-lhos.

Rejeição do contacto físico

Muitas crianças com autismo podem resistir ou mostrar desagrado a serem pegadas ou tocadas. Não é raro os pais dizerem “ele estava tão feliz quando estava sozinho, mas começou a gritar e a chorar quando o peguei ao colo”. Muitas crianças não exibem movimentos de antecipação para serem pegadas ao colo, adoptando a 2postura de boneco”. Com frequência, mesmo em situações geradoras de stress, não procuram o necessário conforto, ajuda ou segurança junto de adultos ou de outras crianças. A sua capacidade em mostrar empatia é invariavelmente deficiente, traduz-se numa perturbação da interacção social e dificuldades no estabelecimento de relações de amizade.

Resistência à mudança

Com muita frequência estas crianças aderem de forma inflexível a determinadas rotinas, geralmente não funcionais, e que assumem uma forma doentia, p.ex. quando vão para a escola têm de ir sempre pelo mesmo caminho e para se vestirem têm de seguir uma determinada sequência.

Há uma intolerância às mudanças de ambiente (pequenas mudanças verificadas no quarto poderão produzir uma grande irritabilidade).

As crianças com autismo sentem-se mais seguras e confortáveis em ambientes estruturados e previsíveis. Qualquer alteração ou desvio à rotina não planeada podem causar ansiedade e conduzir a comportamentos bizarros ou a um estado de extremo stress.

Comportamentos e actividades repetitivas e estereotipadas

Tendência a manterem-se em actividades repetitivas, estereotipadas e rotineiras. Podem tratar-se de rotinas simples ou extremamente complexas, p.ex., bater em superfícies, balancear, cheirar pessoas e coisas, abanar os braços, torcer os dedos, com os braços flectidos fazer batimentos repetitivos das mãos, coleccionar os mais diversos objectos/partes de objectos/lixos, alinhar objectos, etc.